Ele cresceu diante dele como renovo, como raiz em terra árida; não tinha beleza nem esplendor que pudesse atrair o nosso olhar, nem formosura capaz de nos deleitar.Ora, como é sabido, Isaías 53 é aplicado tipicamente à trajetória de Jesus enquanto o messias sofredor. Obviamente encontramos várias semelhanças entre essa passagem e aquilo que os evangelhos aplicaram à narrativa sobre o Cristo. No entanto, a passagem sobre a falta de beleza deste servo nunca se encaixou bem à iconografia que se consagrou ao longo dos séculos como a representação de Jesus. O trabalho do "Ugly Jesus", parece, pois, se encaixar nessa projeção messiânica de Isaías. A idéia de um Jesus "branquinho" com olhos azuis perrcorrendo, de sol a sol, as estradas da Galiléia e Judéia realmente não faz muito sentido. No entanto, mais do que isso, devido à deificação do Cristo, tendemos a associá-lo a um indivíduo corporalmente perfeito. Temos dificuldade de imaginá-lo como um ser humano que passava pelas necessidades corporais básicas. Suas mãos seriam calejadas pelo árduo trabalho que provavelmente executara enquanto carpinteiro ou pedreiro? Teria ele todos os dentes? Os mesmos eram brancos como o marfim? Acho pouco provável. No entanto, nunca o saberemos, de fato. Enfim, se você estiver curioso sobre as várias possibilidades de um Jesus feio, basta clicar aqui. Você também poderá adquirir o livro do artista nessa página.
Ps. O mais divertido nessa estória é que, após uma reflexão, percebi que eu acabei tentando colocar o "Jesus menos feio" para ilustrar este tópico. É a força do mito que está dentro de nós.
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