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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Fotografia Cristã Contemplativa

Boa parte dos leitores deste blog não o sabem, mas eu dentre outros atividades, atuo profissionalmente como fotógrafo. Para aqueles que desejarem conhecer um pouco mais sobre o meu trabalho, eu os convido para visitarem meu blog EPIFANIA. Serão todos muito bem vindos por lá e espero que gostem das imagens produzidas. Mas enfim, este post não foi feito com o intuito de me divulgar, mas com o intuito de mostrar uma descoberta que fiz nesta madrugada.

Fotografia miksang: Julie Dubose
Eu estava procurando por livros que trabalhem com a vertente budista da fotografia contemplativa. Por sinal, de fato, eu só conhecia esta linha de fotografia contemplativa. Um destes livros, que possuo aqui comigo é o True Perception: the path of dharma art do Chogyam Trungpa,  famoso monge budista e mestre tibetano, profundamente interessado em artes e fotografia, uma das grandes figuras a disseminar o conhecimento budista no Ocidente. Nesta noite eu estava analisando a compra de um livro mais recente: The Practice of Contemplative Photography: Seeing the World with Fresh Eyes de Andy Car e Michael Wood. Vocês podem encontrar uma galeria dos trabalhos deles por aqui. Enfim, todo este aproach tem a ver com as possibilidades de um despertar da percepção e dos sentidos no sentido de uma abertura sensorial à "realidade" ou à formas não pensadas da "realidade". Coloco, obviamente, tais definições entre aspas porque não existe algo como "realidade" na fotografia (se é que existe tal coisa na vida como um todo). O fato em si, no entanto, é que existe uma tradição meditativo-contemplativa da fotografia conectada aos ensinamentos e à forma de viver budista. Este tipo de fotografia é chamada de Miksang ("olho bom") e é baseada no Dharma Art, conceito introduzido por Trungpa. Não sou um especialista na área da fotografia contemplativa, apenas um interessado. A minha linha fotográfica possui uma outra trajetória, baseada em uma trilha mais agressiva e instintiva. Por outro lado, a contemplação sempre esteve inserida no meu horizonte visual e considero uma área aberta à profunda experimentação.
Fotografia: Christine Valters Paitner

Mas enfim, qual é pois a razão deste post? Não seria a fotografia miksang, dado que nosso título nos leva a outro tema. Trata-se sim da fotografia contemplativa, mas a partir de uma visão que eu realmente não imaginava - a fotografia contemplativa filosoficamente orientada por uma percepção cristã. Descobri nesta madrugada essa vertente ou expoente através do livro de Christine Valters Paintner, chamado Eyes of the Heart: Photography as a Christian Contemplative Practice. Eu certamente não seria capaz de explicar o que seria isso ao certo. Eu tinha conhecimento anterior sobre a vertente budista da fotografia contemplativa, mas esta linha cristã é algo certamente inusitado e novo para mim. Como o tema é ainda uma incógnita, me contento por hora apenas em apresentar essa idéia e trazer a vocês um pouco do trabalho da Christine Paintner em uma viagem sua feita à Irlanda. Como eu tenho lá um grande apreço pela cultura e pela iconografia celta, bem como pela natureza cercada por brumas daquelas terras, fica aí um bom convite à contemplação.


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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Quem eu sou?

domingo, 4 de março de 2012

Batizando Jesus no(s) Judaísmo(s) do Segundo Templo: controvérsia entre dois bibloblogueiros


Eu, Rodrigo (Informadordeopiniao) e o colega biblioblogueiro Francisco Jr. temos mantido um cordial e profícuo debate a respeito do sentido do batismo de Jesus. Muito interessante, porque há este costume na esfera internacional da biblioblogosfera, de interação e debates clássicos, como o de Larry Hurtado com James F. McGrath.

Ele advoga que na ocasião do batismo, Jesus o buscara por se considerar pecador e buscar se arrepender de pecados individuais. Eu advogo, mais próximo a J. P. Méier, que Jesus buscara o batismo se associando cerimonialmente ao arrependimento coletivo da nação para poder inaugurar sua missão. A primeira perspectiva está intimamente associada à concepção de que Jesus fora primeiramente discípulo de João, sem então pretender algo mais; a segunda, que ele se associara ao círculo de João, mas já tinha uma perspectiva escatológica na qual, sua própria obra e pessoa desempenharia importante papel.  Quem quiser ver as postagens do colega, minhas respostas e a tréplica dele podem acompanhar nos links abaixo, para se situar melhor no contexto da controvérsia:

Aqui tomo a liberdade de poder recapitular a resposta a última postagem dele, num espaço mais propício do que o de comentários. As citações do nosso colega virão em destaque. 

Preliminarmente, acompanho Francisco nestas ponderações e aplico-a aqui, muito embora eu esteja epistemologicamente a um meio termo entre o coerentismo e o fundacionismo, adotando o realismo crítico.

Também ressaltamos não ser nosso objetivo esgotar o assunto, nem parecermos os “donos da verdade”: nossa concepção de verdade dentro de um contexto argumentativo é meramente coerentista e não metafísica. O objetivo é alcançar um consenso, o qual poderá ser modificado em qualquer época, inclusive abandonado por completo, através de novas descobertas e da própria evolução do conhecimento. Portanto, as conclusões apresentadas nesse texto longe estão de configurar-se a “verdade última” acerca da questão abordada.

E aqui também buscarei tecer ponderações, sem a preocupação da meticulosidade de um programa de um trabalho acadêmico. Advirto preliminarmente que mantenho em aberto a possibilidade de Jesus ter buscado o batismo para se arrepender de pecados pessoais e se conceber como pecador, na esteira da tradição de Hollenbach, “The Conversion of Jesus: From Jesus theBaptizer to Jesus the Healer". Contudo, creio ter motivos suficientes para conceber que não foca o caso.

Uma correção importante a se fazer no tocante a premissas:

- Pela cristologia tradicional, não se é um obstáculo intransponível a possibilidade de que Jesus tenha se reconhecido como pecador no momento do batismo. Pois ela não exige que ele tenha consciência encarnacionista neste momento. Ele poderia:

a) não ter a princípio, e logo em seguida ter, uma autoconsciência mais elevada, devido a uma epifania. Há que se conceber que havendo ali uma “confissão de pecados”, e “arrependimento”, não necessariamente seria questão de se pesar na balança ações particulares, mas posturas vivenciais; assim, alguém com senso de vocação profética poderia  passar por uma crise de consciência de até então não estar ainda cumprindo e vivendo a vocação na radicalidade que ela exige.

b) uma autoconsciência mais elevada poderia se desenvolver ao longo do ministério. Há fortes indícios de que Jesus foi tomando sobre si uma postura orientada a enfrentar o desafio em uma concepção de uma missão histórica sacerdotal de Israel para a qual este teria falhado, e encarnar essa figura coletiva em si mesmo ( Tom Wright, “Jesus and the Victory of God”, Scot McNight, “A new vision for Israël: the teachings of Jesus in national context").

Eu mesmo digo que minha postura em conceber Jesus tendo procurado o batismo de João, associando-se a um arrependimento coletivo da nação, não tem a ver de forma alguma com ele se conceber como impossível de pecar, mas sim, por minha visão da auto-concepção dele de estar dando início a um ministério em que se incumbiria de uma vocação mista entre sacerdotal e profética, assumindo o que tomava como o encargo missiológico histórico de Israel.

c) a própria concepção encarnacionista poderia ser compreendida pelos discípulos como experiência pós-pascal. E para aqueles que acreditam na ressurreição, poderia ter advindo em Jesus, derivado dela.
De fato, muitos pesquisadores proeminentes creem que o evento pós-pascal foi decisivo para a questão da cristologia elevada; que os discípulos teriam desenvolvido uma compreensão de Jesus ter um status ao lado de YWHW e ser adorado juntamente com ele, após o evento pós-pascal, sendo este um impactante divisor de águas. Com diferenças entre si, poderíamos citar LukeTimothy Johnson, David Capes, Carey C. Newman e Larry Hurtado. Esclarecido isto, podemos tirar qualquer peso de estigma apologético em nossa posição.

Em suma, uma visão que conceba a busca do batismo por Jesus com nuances conspícuas, não sendo advinda de uma consciência de ser pecador e arrependimento de pecados pessoais, não pode necessariamente ser acusada de apego dogmático, tanto quanto uma outra não pode ser necessariamente acusada de ser predisposta a ser anticristã.

Diante disto, examinemos alguns trechos-chave:
a coletividade do perdão era apenas uma possibilidade, não uma regra.

Mas para os fins aqui, não se necessita que fosse uma regra; o mesmo se poderia dizer para a contrição individual.

Estamos falando de indivíduos com sua vida e suas complexidades. Os sistemas sociais são os mais complexos porque são constituídos dos elementos mais complexos, seres humanos. Logo, nesta questão, nunca podemos afirmar com toda certeza algo sobre a consciência do indivíduo, sem ele mesmo se expressar claramente. Muitas pessoas se sentem deslocadas quanto a sua cultura, em todos os tempos.

E aquilo ao qual Stendhal se referia ao criticar a abordagem luterana de Paulo não se reduz meramente a ter consciência de responsabilidade individual. Mas colocar o íntimo individual no centro do palco do drama da existência humana, em detrimento da inserção em uma idéia de meio coletivo. É o eu interior autônomo ante o “nós” exterior.

Desta forma, o que temos de mais materiais sobre a fé hebreia e judaica é de que a preocupação de sua divindade quanto ao plano para o mundo era do coletivo para o individual, não o individual que se somando faz um coletivo composto de partes mônadas. Aplica-se o que Durkheim postulava, “em contraste, as crenças e práticas sociais agem sobre nós a partir de fora; assim, a ascendência exercida pela primeira tal como comparada à segunda é basicamente muito diferente.”

Os próprios textos citados por Francisco, de Paulo e João, se dão em um contexto de responsabilidade do indivíduo, focando a comunidade, e não abstraindo-se dela. Romanos 5.12 enfatiza que “a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”, tratando daí a responsabilidade coletiva.  A consciência individual do pecado em nada invalidava ou desarticulava o caráter coletivo do pecado, porque a formação do pecado no indivíduo se dava na participação do coletivo nele, e não à parte. Romanos 6.23 continua depois falando sobre a imputação coletiva da justiça nos crentes. E I João 1.10 está justamente frisando a responsabilidade comunitária. 

A passagem clássica de Ezequiel, que Francisco citou, se dá contra a perspectiva da maldição hereditária e do condeno aos descendentes, mas não é um texto em que se retira a ideia da responsabilidade coletiva e do indivíduo na coletividade. É importante tratar que não estamos pondo em questão o senso de responsabilidade individual na Antiguidade, mas o senso do indivíduo independente como uma mônada, ante seu coletivo, enfatizando somente o seu “eu”. Decerto, havia uma tensão nas manifestações judaicas daquele tempo do século I.

4 Esdras 7.46-48:

Quem dos que entraram no mundo não pecou? Ou quem dentre os nascentes na terra não transgrediu Tua aliança? Vejo, agora, que a era vindoura a poucos trará alegria, mas tormenta para muitos. Pois cresceu em nós o coração mau que nos afastou do Altíssimo, levou-nos à destruição, fez-nos conhecer os caminhos para longe da vida! E isso não se aplica somente a alguns, mas praticamente a todos os que foram criados!


Conferir melhor em Jacob Neusner, “Comparing Judaisms”, History of Religions 18 [1978-1979], n.14.

Não estamos pondo em julgamento as inferências sobre João quanto:
a) O batismo (o ato)
b) O perdão/remissão dos pecados (o fim)
c) O arrependimento (elemento interno)
d) A confissão (elemento externo)
Embora acrescentemos em b) a concordância em fazer parte de um grupo separado, renovado, pronto para o advento da irrupção final do plano de YWHW para o mundo. E não temos elementos suficientes para saber como se dava d), se particular para João, se para todos, ou se no íntimo para com Deus.

Para se fiar nessas inferências precisa-se depositar uma confiança razoavelmente boa nos evangelhos, porque não é o retrato que Josefo passa.

O que está em questão era o fato de que seria lógico e necessário deduzir que todos os que buscassem seu batismo pensariam apenas no seu “eu” e não na participação no coletivo, no povo, na nação, na condição do povo e nação. E isto se reforça ainda mais se tratando de pessoas que tivessem um senso de que teriam uma missão relacionada e vital para a condição do povo e nação. Isto faria com que ela se identificasse ainda mais com tal. 


Há um grande erro aqui: não se pode afirmar que 
A finalidade é alcançar o perdão/remissão, ou seja, o efeito mágico
, porque não se considerava o batismo por si só como tendo poder, mas esperava-se que ele sinalizaria uma mudança de postura com a qual se estava habilitado e em sintonia com a vontade soberana da divindade, que concederia graciosamente o perdão. O batismo dentre judeus assim não pode ser associado ao rito mágico, por não ser um fator de manipulação de forças sobrenaturais.O ato de remissão de pecados partiria da divindade.

Méier não arroga que seus argumentos sejam conclusivos, e até pondera que eles não necessitam ser. Eles possuem a força de mostrar que não se tem necessidade de inferir que Jesus, por força de lógica, buscou o batismo para se arrepender de seus pecados pessoais – melhor, sua vida pecaminosa passada, pois o batismo focava menos atos particulares do que uma postura que os desencadeava.

o que não foi o caso de João Batista em seu batismo
Sendo o batismo de João voltado para toda nação, e sendo claramente uma alternativa ao serviço do Templo, é natural concluir que possuía sim a dimensão do chamado coletivo de preparação para o eschaton. A indicação de que ele imaginava o advento da irrupção final de Deus na história mediante e, tendo como fenômeno imediato, um agente especial é muito forte.

O batismo na seita de Qumrã mesmo era justamente este, o buscar purificar-se do pecado advindo da participação coletiva para ser o novo povo santificado no eschaton. Na Regra da Comunidade, era o rito de passagem para a verdadeira comunidade da aliança, a separação com o restante impuro. 1QS 5,8.20; 6,15; vejamos 5,13: “Que o ímpio não entre nas águas para participar da ‘pureza’ dos homens de santidade”.

E demais, não há nenhuma necessidade para o argumento de Méier, de que “todo o processo visava o perdão da coletividade”. E de fato, ele não diz isso.

Quando Francisco fala de que a Lei Mosaica visava 
“regular o comportamento individual do israelita/judeu”
, esqueceu-se de frisar que eles concebiam que tal poderia impurificar toda a comunidade, e que a comunidade impura repassava isso para os membros; e que estes se tornavam impuros também diante de Deus e assim perdiam a comunhão com Ele.

Diversas vezes se refere-se na Bíblia Hebraica que “Israel pecou” (como em Josué 7:11-13, dentre muitos outros), e ao “o pecado de Israel”. Logo, é inapropriado dizer que a definição de pecado lá era “atos individuais”. Contempla, mas nãos e restringe nem mesmo se foca neles.

O termo 'hatta'a', tinha o sentido básico de "errar um alvo ou um caminho", e também o termo 'awon', o sentido de "transgressão". Logo, o pecado acarretava quebra de relacionamento. 

Diversos profetas, como Amós, Isaías, Jeremias, denunciavam a opressão da classe dominante sobre o povo. Contudo, costumavam conclamar todo o Israel ao arrependimento, porque o viam como uma nação, não um conjunto de mônadas individuais.

Eu não vi no livro de Méier alguma afirmação de que Jesus buscou “garantir sua salvação” no batismo. Quanto a “mudar de vida”, isso pode indicar a virada para sua missão. Como diversos profetas tiveram sua “mudança de vida”. A dedicação exclusiva, o chamamento de discípulos, a proclamação do Reinado, o efetuar de milagres, o confronto com instituições religiosas, mudanças em sua auto-percepção. De forma alguma uma alternativa a isso seria uma vida com pecados... diversos homens piedosos poderiam sê-lo, ferrenhamente, sem isso.

E o que Jesus poderia buscar garantir ali era justamente a fidelidade a um chamado que creia ter recebido da parte de Deus para uma missão especial.

Reforço a isso: minha concepção de que de fato João anunciava um precursor decisivo para a irrupção final de YWHW na história, e não sua vinda direta e imediada, como Crossan advoga; João ter ficado em dúvidas e mandado questionar Jesus, o que sugere que antes ele nutria altas expectativas quanto a ele (Mt 11,2-6 e Lc 7,18-23); e Jesus ter recrutado para si discípulos de João, que “debandaram” a seguir Jesus tal como o antigo mestre.  

Julgo que, adentrar e aprofundar na questão do caráter da natureza ontológica de Jesus e sua implicação para com se teve cometido pecados ou não, acaba situando-se no campo da apologética, o que não vejo oportuno neste momento.






terça-feira, 13 de outubro de 2009

Matthieu Ricard

Já faz um bom tempo que não posto por aqui. Tempos difíceis e tempos em que lutamos contra o tempo. Espero poder retornar aos poucos a este espaço pelo qual tenho tanto carinho e apreço.

Gostaria hoje de partilhar uma ótima descoberta. Eu sou um apreciador da boa fotografia. E também um apreciador da religiosidade humana. O nome importante é o deste senhor chamado Matthieu Ricard.




Mattieu é doutor em genética molecular pelo Instituto Pasteur na França. Em 1972, logo após ter completado este Phd, ele resolveu largar a vida acadêmica e se dedicar à prática do budismo tibetano. Ele passou anos estudando no Himalaia e se tornou discípulo de Dilgo Khyentse.




Nesta vivência no universo budista, Mattieu se tornou um fotógrafo de primeira, realizando belíssimos trabalhos visuais tais como os vistos nessa página, bem como os que encontramos em seu site oficial. Não deixem de conferir sua galeria. Suas fotos possuem uma beleza estremamente profusa em cores e leveza. Não deixem também de conferir os seus trabalhos impressos: Motionless Journey: From a Hermitage in the Himalayas e Bhutan: The Land of Serenity. É uma viagem garantida por estes universos exóticos e tão belos do budismo tibetano.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A Bíblia no Google Earth?

Um grupo de artistas australianos resolveu implementar a controversa e mirabolante idéia da representação dos eventos bíblicos através de imagens [fakes, obviamente] semelhantes às que encontramos no Google Earth.

Deixo aqui o link do artigo do blog obvious, onde encontrei a informação. E aqui vai o site do grupo australiano - Glue Society.


Como teria sido a Crucificação lá do alto:

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A Mão de Deus



No ano passado, eu havia dito que eu passei a acreditar realmente em Deus, quando assisti a série COSMOS do Carl Sagan!

E olha que essa imagem captada pelo telescópio Chandra ainda nem tinha aparecido! Intrigado com a beleza da imagem? Confira mais aqui!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

NT Wrong está fechado?

Eu tinha o hábito quase diário de ler as postagens do biblioblog NT Wrong. Depois de minhas viagens em dezembro e janeiro, infelizmente não consigo mais, dado que aparentemente o blog está restrito a membros selecionados. Se o NT Wrong ler esta mensagem em forma de garrafa internáutica, por favor - deixe um comentário me informando sobre as possibilidades de acessar sua página.

Se alguma outra boa alma souber me informar também sobre as razãoes que levaram o NT Wrong a deixar de ser um blog público, deixe aqui um comentário.

Agradeço desde já!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Aprendendo grego por música!

Me lembrou o jardim de infância [no melhor dos sentidos] - o site deinde, especializado em recursos para estudos bíblicos, está publicando uma série de videos didáticos para o aprendizado do grego. Achei espetacular a iniciativa. E confesso ter feito um flashback no tempo principalmente quando aprendia o inglês. Mas enfim... vamos ao grego!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Maria e a revista Playboy

A revista playboy mexicana publicou em sua edição de dezembro um ensaio fotográfico com a modelo argentina Maria Florencio Onori, intitulada "te adoramos Maria". Todo o ensaio não seria nada além daquilo que normalmente faz esta revista, se a moça não aparecesse com um manto branco induzindo uma associação à virgem Maria [além de um fundo lembrando um vitral de igreja].

Em nada tenho contra a moça, muito bela por sinal, mas acredito que determinadas coisas na vida possuem limites. Creio que em vários momentos da história, determinadas manifestações iconoclastas foram extremamente importantes para um repensar sobre determinadas heteronomias e tradições por demasiado arraigadas e opressoras. No entanto, me irrita uma exploração tipicamente polêmica pelo simples fato de se ganhar dinheiro em torno do "auê" [do sensacionalismo barato]. Por mais singela que seja a beleza da Maria Onori, não deveriam ter mexido assim com algo sagrado para milhões e milhões de fiéis. Me surpreende inclusive a ousadia da revista em fazer isso em um país no qual a 88% da população é católica.

O sagrado é importantíssimo para a nossa própria estrutura psíquica frente ao mundo. A banalização do sagrado é das coisas mais terríveis. É neste momento que entramos no "tudo é possível", "com tudo se brinca", "nada se sustenta", "vamos festejar"! Ao banalizarmos o sagrado, banalizamos a nós mesmos e vamos assim progressivamente perdendo o respeito, a integridade e o sentimento de que existem coisas nas quais "não devemos tocar".

domingo, 14 de dezembro de 2008

Heróis em Quadrinhos - na Bíblia?


Uma instigante descoberta que tive no dia de hoje foi o blog Holy Heroes, escrito pelo arqueólogo e escritor de ficção científica D. G. D. Davinson. O blog trata de um assunto que eu nunca cogitei imaginar. Obviamente eu já tinha visto alguns quadrinhos relacionados à bíblia, mas normalmente com motivos apologéticos ou missionários. Nunca imaginei a produção de quadrinhos bíblico no estilo da Marvel Comics. Pois bem! Eles existem, para a minha perplexidade!

Obviamente tal pecado se deve certamente à minha atual ignorância sobre o universo dos quadrinhos. Mas não deixa de ser inusitada a visão de um Davi e Golias repaginado como em Mecha Manga 1. Tais coisas me lembraram a infância quando eu assistia, sem perder episódio algum, a série "Os Grandes Heróis da Bíblia"! Eu me divertia até com as estórias e era o único que sobrava acordado assintindo até o fim.


sábado, 13 de dezembro de 2008

Music Jesus

Nestas minhas andanças pela net, acabei me deparando com um site de música cujo nome é MusicJesus. Até aí tudo bem... seria mais um site de música gospel como vários outros existentes por aí. Surpreendente mesmo, no entanto, foi encontrar várias músicas do AC/DC por lá tais como Highway to Hell. Vai entender, né!?

domingo, 30 de novembro de 2008

Em silêncio


Por motivos religiosos, este blog entrará em recesso por 10 dias, enquanto eu cuido pela salvação da minha alma! Prometo que retornarei assim que me for possível. No entanto, o momento agora é de recolhimento total para as batalhas que me aparecerão pela frente! Me desejem força nesta caminhada... pois eu vou precisar muito (mesmo!) E... O retorno será muito bom, repleto de novidades. A energia estará renovada pela luta — OMNIA VINCIT AMOR!

No mais, eu vou deixá-los com o reflexivo documentário filme Into Great Silence! Escutem o som do silêncio, meditem e tenham em mente que eu estarei assim nestes próximos dias. No mais...Oremos!




Ps.1 - Vou me penitenciar com 10 auto-chibatadas por sair do silêncio, mas não posso deixar de mencionar o ótimo trabalho de mapeamento de biblioblogs feito pelo Dr. Jim West, nos dando uma geral sobre os melhores posts publicados pelos biblioblogs no mês de novembro! A notícia legal é que o Ad Cummulus, com os seus quase dois meses de vida, já faz parte do mapa, devido aos posts sobre o nascimento de Jesus. Confiram:

"James McGrath continues his journey down the rabbit hole in quest of the historical Jesus and opens a series on ‘what Jesus said and did’ with a look at the prayer of Jesus in Gethsemane and Divorce (and then the series died before it took another step forward in November); and Flavio Souza makes the same trek down the rabbit hole- concerning Jesus’ birth."


Bom... Quebrado o silêncio, vou me penitenciar agora. Amém.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Cosmos e o Pequeno Ponto Azul

Pode parecer estranho para aqueles que acompanham as batalhas entre evolucionistas e criacionistas (principalmente para estes últimos), mas eu realmente tive a minha fundante "compreensão" sobre Deus, assistindo a série COSMOS, conduzida por Carl Sagan em 1980. Eu me lembro de acordar aos domingos pela manhã e correr para a televisão - em Cosmos eu aprendi sobre filosofia, física, história, cosmologia e... Deus. Foi este meu contato com o infinito que me levou a sentir a enormidade da criação.

Não deixa de ser curioso este aprendizado teológico a partir da visão do ateu Sagan. Mas sinceramente posso dizer que devo muito à ele (inclusive meu plano adolescente de me tornar físico). Passados 28 anos, Cosmos continua ainda perfeitamente atual. Certamente, a astrofísica galgou alguns bons passos, bem como o conhecimento científico em geral. Mas a série é ainda muito válida. Me alegrei ao saber que a mesma está sendo repassada para os meninos através do canal governamental TV Escola. Isso me dá boas esperanças sobre os meus futuros alunos na universdade (muito boas, por sinal)!

Enfim... O video a seguir não faz parte de Cosmos. Mas é um dos projetos científicos empreendidos Sagan - como seria a Terra vista de longe? [de bem longe daqui] - A resposta é: The Pale Blue Dot (O pequeno ponto azul)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A Epopéia de Gilgamesh para Macacos!

Eu já estava indo para a universidade quando o meu amigo Perro Hongo me apresentou o blog Social Fiction. Trata-se, a primeira vista, de um curiosíssimo blog a ser bem explorado [coisa que eu o farei neste fim de semana]. No entanto, não poderia deixar de mencionar essa descoberta fantástica. A estória de Gilgamesh sendo transliterada para uma linguagem inteligível aos símios.

Confira então a epopéia de gilgamesh em lexigramas para macacos!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Objeto do Desejo

Pois é! Quem mandou eu ficar fuçando os blogs alheios, ainda mais um blog sobre softwares bíblicos? Quer coisa mais nerd do que fuçar um blog como o Bible Software Review? O pior de tudo é que fucei, fucei e fucei... até encontrar a análise dessa maravilha aqui - Logos Bible Software! Enfim... encontrei a melhor empresa desenvolvedora de softwares bíblicos - a Logos.

Enfim mais uma vez... entrei lá para conferir! Putz! Fui olhando, olhando, olhando... igual consumidor compulsivo em vitrine de shopping center. Daí, obviamente fui buscar o melhor, claro - a pérola da casa chamada - Scholar's Library: Gold (ND) que custa a bagatela de 1379.95 dólares!

Não vou ficar aqui falando das maravilhas que este software oferece para o pesquisador nerd de plantão. Quem se interessar, que entre no site e fique lá babando...

Mas se você não quiser pagar quase 1400 dólares pela Logos, pode tentar a PC Study Bible 5 por 629,95! Quem sabe!?

Mas aviso aos bucaneiros de plantão! Desistam!

Por Baco! Maldita sociedade de consumo!

sábado, 25 de outubro de 2008

Meu amigo Tiago me passou um interessante link de um site voltado para análise de filmes a partir de uma perspectiva religiosa. Achei bem interessante a proposta. O nome do site é Cinekklesia. Confiram!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Como eu estou inaugurando hoje o AD CUMMULUS, vou postar também um pouco de música e coisas diversas, dado que o nosso intento por aqui não é tão somente o de publicar coisas herméticas e chatas.

Sendo assim, vamos com a descoberta também deste dia que é Rufus - Cappadocia.

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    Este blog tem como objetivo central a postagem de reflexões críticas e pesquisas sobre religiões em geral, enfocando, no entanto, o cristianismo e o judaísmo. A preocupação central das postagens é a de elaborar uma reflexão maior sobre temas bíblicos a partir do uso dos recursos proporcionados pela sociologia das idéias, da história e da arqueologia.
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