O cenário está efervescente como nunca no campo dos estudos do messianismo judaico do século I em interface com o movimento de Jesus de Nazaré. Neste cenário, o aforisma de Nietzsche que dizia “os positivistas dizem: fatos é o que há; eu porém vos digo: fatos é o que não há, o que á são interpretações” se mostra sobremaneira aplicável.
Por exemplo, a grande controvérsia no momento é sobre a tábua descoberta com inscrições que podem significar uma imagem de um messias que morreria e ressuscitaria em três dias. Essa é a inscrição em Inglês : http://www.bib-arch.org/news/dssinstone_english.pdf
Temos aqui as linhas que estão no centro do debate, e as lacunas:
80. In three days […], I, Gabri’el …[??..],
81. the Prince of Princes,[…], narrow holes[??..] …[…]…
O estudo sobre o tablete foi publicado primeiramente na Biblical Archeological Rewiew por Ada Yardeni.
As possíveis fontes interpretativas mais envolvidas na perspectiva do “Apocalipse de Gabriel” são muito bem delineadas por Edward Cook, sobretudo como um “mix” de Zc. 11.8, Ageu 2.6 e Dn. 8.26, e possivelmente pelo que delinea, através de uma hermenêutica na perspectiva tipológica da Sod, usada por intérpretes judaicos das escrituras para descobrir um significado místico profundo em passagens.
Polêmicas quanto a leitura da inscrição em si , se puder realmente ser tomado como autêntica a leitura quanto à perspectiva da ressurreição no terceiro dia, diversas correntes já se formaram.
http://www.bpnews.net/BPFirstPerson.asp?ID=28435
http://www.reuters.com/article/newsOne/idUSL088075320080708
http://www.catholicnewsagency.com/new.php?n=13168
http://www.nysun.com/opinion/blurry-vision-of-gabriel/81384/
http://www.garyhabermas.com/articles/gabrielsvision1/gabrielsvision.htm
http://bibliahebraica.blogspot.com/2008/08/knohl-suffering-messiah.html
http://michaelsheiser.com/PaleoBabble/2009/11/more-media-paleobabble-on-the-gabriel-stone/
Para algumas mais extremistas, comprovaria, de forma relativamente similar como antes se polemizava por uma cristologia tomada diretamente de mitos pagãos, que a perspectiva messiânica dos primeiros cristãos foi criada folcloricamente através dessa visão do messias sofredor pré-cristã em Israel.
Outra, como a do Professor Israel Knohl, mais moderada, defende que disso se depreende com certeza a auto-consciência messiânica de Jesus, e sua missão direcionada para um empreendimento revolucionário voltado à libertação de Israel.
Ainda outras apontam para que isso solidifica ainda mais o enraizamento e contextualização do cristianismo nascente com o ambiente judaico de sua época, ainda que não se possa dizer nunca de um ambiente judaico “puro”, livre de qualquer helenismo; e que tal como outras perspectivas messiânicas, Jesus teria compartilhado pontos importantes e rejeitado outros igualmente importantes, seja na do messias davídico, o sacerdotal, o da figura escatológica, e a do messias catastrófico.
Ainda fica a pergunta, que por enquanto não se tem como extrapolar a simples conjectura, se esse entendimento tinha a ver com uma ressurreição antecipando e inaugurando a ressurreição escatológica, tal como os cristãos interpretavam.
De qualquer forma, algo que ficou bem estabelecido, é o apelo à modéstia e cautela ao trabalhar com a construção da figura histórica de Jesus. Muitos, inclusive uma boa parcela dos que aderem à primeira posição, tinham por si que seria impossível serem históricass as passagens em que Jesus falava sobre sua morte e ressurreição; seria uma projeção do Querigma, por parte dos evangelistas, em formato de narrativa histórica vívida. Por que não viam como ele poderia tecer essa consideração sobre seu destino; não concordavam com ele estabelecer uma cobrança dos discípulos para com esse entendimento profético, devendo ser uma fábula ajustada para um programa teológico. Isso dito com o ar de cientificidade de quem está examinando num microscópio eletrônico os cloroplastos de uma célula vegetal. Contudo, não corresponde às mesmas exigências de corroboração que esta atende, nem se infere de uma necessidade lógica. Apesar de ser uma hipótese que pode ser válida, foi tratada por alguns bons nomes como muito mais do que isso.
Como em qualquer abordagem, as teorias e modelos conceituais sempre viciam as apreensões dos dados. Contudo, como testes de verificação, instrumentos de aferição (não há microscópios eletrônicos que levem alguém a voltar ao passado e filmar o que acontecia) e análises estatísticas aqui são severamente limitados, sem contar as concorrências dentre paradigmas abrangentes, a margem para esse preenchimento aqui é maior do que em em ciências naturais.
De qualquer forma, não seria inusitado uma perspectiva, fora do cristianismo, do Messias como Servo Sofredor.
Dentre alguns exemplos, pode-se citar, na Pesikta Rabbati, uma coleção midráshica medieval compilada de tradições judaicas palestinas dos IV-V séculos, onde encontramos um comentário rabínico, com referências especialmente ao Salmo 22, sobre uma figura sofredora-redentora do Messias, que pode indicar uma dívida a uma tradição muito mais precoce, seguida pelo comentarista:
…in the year when the Messiah appears, the Patriarchs will ask him whether he is displeased with Israel because of the affliction he endured on their account…The Patriarchs will arise and say…thou didst suffer for the iniquities of our children, and terrible ordeals befell thee, such ordeal as did not befall earlier generations or later ones; for the sake of Israel thou didst become a laughingstock and a derision among the nations of the earth; and didst sit in darkness, in thick darkness, and thine eyes saw no light, and thy skin cleaved to thy bones, and thy body was as dry as a piece of wood; and thine eyes grew dim from fasting, and thy strength was dried up like a potsherd—all these afflictions on account of the iniquities of our children, all these because of thy desire to have our children benefit by that goodness which the Holy One, blessed be He, will bestow in abundance upon Israel…our true Messiah…will be shut up in prison, a time when the nations of the world will gnash their teeth at him every day, wink their eyes at one another in derision of him, nod their heads at him in contempt, open wide their lips to guffaw - loud course burst of laughter -, as is said All they that see me laugh me to scorn; they shoot out the lip, they shake the head ; My strength is dried up like a potsherd; and my tongue cleaveth to my throat; and thou layest me in the dust of death Moreover, they will roar over him like lions, as is said They open wide their mouth against me, as a ravening and roaring lion. I am poured out like water, and all my bones are out of joint; my heart is become like wax; it is melted in mine inmost parts.
Em 36.2, encontramos:
In the seven days prior to the coming of the Son of David, they'll iron beams and put on his neck until his body's and bend it and yell wail. Then your voice will sound in the highest heavens, and he says to God: 'Lord of the universe, as you can still support my strength? As my spirit, my soul, the members of my body will be support? I'm not flesh and blood?' It was because of the suffering of the Son of David that David expressed regret, saying, 'My strength is dried as a bit'. During this suffering, the One God, blessed be, will say "the Son of David 'Ephraim, my true Messiah, you took this suffering on himself long ago, during the six days of creation. And now, your pain is my pain'. The answer that the Messiah: 'Now I'm glad. It is enough to be a servant as his Lord'.
Também há uma obra judaica do século XIII, Zohar, na passagem 2:21 2a, em que ocorre uma ligação mística do sofrimento do Messias a Israel (algo bem próximo da perspectiva de Knohl). O livro The Messiah Texts de Raphael Patai apresenta uma história de Nachman de Bratslav, rabino do séc. XVIII, representando uma alegoria em que um vice-rei representaria Israel e o Messias identificados no sofrimento vicário.
Além dessa controvérsia, o importante é o grande panorama descortinado sobre o messianismo e a esperança judaica que foi marcante para a formação do cristianismo; cada vez mais, qualquer reducionismo ao tentar delimitar os traços para a formação do pensamento de Jesus defronta-se com algo que se apresenta como um caleidoscópio, e não uma lente monocular. Deixo um texto de Craig A. Evans que, embora não trate da polêmica da descoberta da inscrição mencionada aqui, é um explêndido subsídio para uma janela com visão ampla e geral sobre este assunto, que pode dar uma orientação consistente para reflexões concisas, considerando as questões-limites colocadas no horizonte da época: Messianic Hopes and Messianic Figures in Late Antiquity..
13 comentários:
Fala Rodrigo,
Mandou bem. E eu concordo com vc nos pontos que vc levantou.
Agora, essa história do "Gabriel Stone", "Messiah Tablet", "Vision of Gabriel", me fez pensar em algumas coisas.
Primeiro, ainda que a idéia do Messias sofredor estivesse presente no tempo de Jesus, isso nada diz sobre a sua popularidade.
Quer dizer, uma coisa que me chama atenção quando eu leio Justino, Tertuliano e outros é que eles tinham que cortar um dobrado para provar que o Messias tinha que morrer e ressuscitar. Tem aquela resposta do Trifo, em Dialogo com Trifo, 32, quando ele diz
"Estas mesmas escrituras, meu caro, nos ordenam esperar aquele que, como Filho do Homem, receberá do Ancião de Dias o Reino Eterno. Mas este que vocês chamam de Cristo não teve honra ou glória, tanto assim que a maldição contida na Lei de Deus caiu sobre ele, porque foi crucificado".
Outra coisa é o ponto levantado pelo Prof Craig Bloomberg, a partir da leitura de Richard Horsley "Bandidos, Profetas e Messias", nesse post abaixo:
http://blog.bible.org/primetimejesus/content/underused-argument-resurrection
Bloomberg argumenta, corretamente em meu entendimento, que um argumento forte a favor da ressureição é que vc teve vários movimentos messiânicos na Palestina do século I, sempre em torno de uma personalidade carismática (Simão, Atronges, Judas Galileu, Teudas...), mas a história era sempre a mesma: os romanos vinham, matavam o pretendente a Messias, seus seguidores se dispersavam, e não se ouvia falar mais dele. É o "ciclo de Gamaliel", como esta em Atos.
Sim, eu acho que a "Visão de Gabriel", se autêntica, atesta a existência da crença do Messias Sofredor. mas, mesmo assim, eu entendo que a crença não era muito popular. Se não, vc teria os seguidores desses Messias fracassados dizendo que seu Mestre ressuscitou.
Nesse ponto, o movimento de Jesus é único. O cristianismo sobreviveu a morte de Jesus. E a única explicação possível é a ressureição(*) (veja as observações abaixo).
É interessante que desde um conservador como N.T Wright até um estudioso (bem) liberal e cético como Gerd Ludemann, passando por Flusser, Vermes e Crossan, todos concordam que os díscipulos tiveram experiências "post mortem" com Jesus . A discordância é no "tipo" e nos "detalhes" (se corpórea ou não; se foram visões, alucinações; se era uma aparição como de um fantasma ou corpórea). Mas, com certeza, os díscipulos viram algo.
E é claro, para os ultra-céticos, que chegam a dizer que até a morte de Jesus foi inventada para se confirmar a profecia, além das observações de Trifo, acima, temos o fato de que a maneiras mais e menos honrosas de morrer, então a crucificação seria a última escolha para uma obra de ficção.
Nehemias
Pois eu creio justamente que o modelo já estava estabelecido. Como o Neemias afirmou, não acredito que tal crença fosse largamente disseminada na sociedade judaica daquela época.
Porém, quando Jesus morreu, o modelo do Messias sofredor já estava pronto para ser reinterpretado pelos seus seguidores.
E vou mais além - certamente o Jesus Histórico tinha conhecimento desta crença e se encaminhou para a morte tendo em mente que seria ressurrecto no terceiro dia.
Algo que vejo meio sem se levar em conta na interpretação de Knohl, e outros, é o fato do império não ter ido atrás dos seguidores de Jesus depois. Acho que nem teriam perdido tempo, Roma já no julgamente teria promovido uma perseguição.
E outra coisa que sempre me inculca...a insistência que se tem com Jesus afirmando que houveram "outros" antes dele que não eram os verdadeiros pastores, que davam a vida pelas ovelhas, que houveram impostores, etc.
Como eu vejo, é algo tão caleodoscópica, a aglutinação de fatores sobre Jesus ( e que sugere ter havido sim uma mente individual articuladora, por trás), e ainda tem o fato de ter aglutinado desde gente mais "ortodoxa" do judaísmo até samaritanos (e eu tenho por mim que grande parte de judeus samaritanos e dos "helenistas" já foram seguidores dele em vida, e ele sabia e não reprovara), e o fato de ter que haver alguma "ponte" para ter conversões de gregos e outros, pois o retrato que as vezes se pinta, não veria como um não-judeu ter virado cristão naquele tempo.
Samaritanos, ok. Judeus helenistas, ok.
Mas definitivamente não vejo gentios como seguidores de Jesus no tempo da sua vida. Certamente ele despertou interesse por parte destas pessoas - caso do centurião e da mulher cananéia.
Mas não vejo Jesus em vida sancionando seguidores gentios em larga escala.
Ah, não me expliquei direito, Flávio. Quanto aos gentios, eu o vejo logo no início das comunidades cristãs, não no tempo da pregação de Jesus. Os Samaritanos e Judeus Helenistas sim.
Mas eu ainda fico intrigado sobre esses gentios, e ainda mais romanos, dentre os primórdios das comunidades nascentes.
Eu vejo o seguinte: há uma clara distinção entre os judeus cristãos palestinos e os chamados helenistas. Eu creio que é das divergências entre eles que encontramos a expansão do cristianismo entre os gentios. E, obviamente, neste processo houve uma participação fundamental de Paulo.
Eu vejo o evangelho de João, mais além do que as preocupações com o movim. de João Batista, visando explicar e justificar as missões "entre" e "dos" cristãos de samaria e helenistas, ante a algumas acusações. Mas mesmo dentre os gentios, que foram influenciados pelos helenistas ou grupos de Samaria, bem antes, acho estranho. Paulo passou por uma igreja em Roma, já constituída há algum tempo, que parece até apresentar problemas em relação a aceitar a escritura hebraica e os judeus. Isso, tão precoce? Como chegar a esse ponto, tão precoce, acreditando que a honra, confiança e lealdade a César deveria ser dada não a ele mais, mas a um judeu Jesus, sabendo o risco que corriam? Sendo que era óbvio que suas necessidades econômicas e sociais, a segurança pessoal, direitos, dependiam diretamente de César, mesmo (ou sobretudo) entre os pobres (que pareciam ser menos pobres do que os cristãos judeus)? As divergências que pareceram ocorrer no começo em termos da mensagem era preocupações ou com costumes, ou com rituais. Devia ter algo na mensagem, propriamente dita, para ter essa ponte cultural, porque apenas um apelo indissiocrático das aspirações judaicas, sem pontos em comum, não levaria a tanto. Não teria como haver uma clivagem e mudança tão abrupta em tão pouco tempo, pra chegar...isso sempre me encabulou.
O problema é que raciocinamos em termos de 40, 50 ou 60 anos para aquele primeiro século como se isso fosse pouca coisa.
O fato é que em 10 anos dá para movimentar muito. Algo de realmente explosivo aconteceu ali nos primeiros anos. De qualquer forma, eu creio que o movimento começa a crescer mesmo a partir dos martírios e perseguições.
Pessoal,
Não podemos nos esquecer que além de judeus, judeus helenistas, samaritanos e gentios, existia uma outra categoria importante no judaísmo, os proselitos e simpatizantes.
O fato é que o judaismo atraia pessoas que, por várias razões não se circuncidavam e se tornavam judias, mas que eram fortemente atraidas pela fé judaica. Atos dos Apostolos nos dá inúmeros exemplos (O mordomo da Rainha Candance da Etiopia, Cornélio, Nicanor..). Além disso, Josefo se refere a Rainha Helena de Adiabene, que mandou uma quantidade enorme de mantimentos aos judeus, durante a fome que ocorreu no Governo de Claúdio.
Me parece que Paulo, assim como outros rabis e mestres judeus, tinha seu foco nessas pessoas. Gente que não se satisfazia mais com a religião pagã, mas que, por compromissos sociais e outras coisas, não podia simplesmente se tornar judeu. Eu já vi o Crossan defendendo justamente isso, que as cartas de Paulo seriam atraentes para proselitos, mas fariam pouco sentido para um pagão que nunca tivesse tido contato com o Velho Testamento.
Outra coisa é que temos uma referência não cristã bem antiga, que, tudo indica, parece confirmar que o cristianismo entrou "bombando" em Roma. Suetônio diz que Claúdio expulsou os judeus que "por causa de Cresto não paravam de causar tumultos". Creio que a maioria dos estudiosos vê essa frase como uma referência a Jesus Cristo, o que mostraria que bem cedo (entre 45 a 50 DC) o cristianismo estava bem ativo em Roma.
Isso faz todo sentido, uma vez que Roma i) tinha uma grande comunidade judia ii) tinha uma população ávida por novidades religiosas iii) Era o ponto final das caravanas mercantis. Tudo isso explica porque é mesmo bem provável que a fé cristã tenha chegado lá antes lá do que, por exemplo, Bitinia.
Nehemias
Eu tenho em mente dentre outras coisas essa passagem de Suetônio, para refletir que só as perseguições e o martírio em si podem ser vistas como resultantes de querelas entre os judeus, e punições por sedições e balbúrdias exóticas. Acho que, diante do exclusivismo e caráter sobretudo narrativo-revelacional do cristianismo, há algo mais para atrair um grupo significativo de prosélitos, além do ponto da curiosidade religiosa nata. Pois significaria disposição própria ao martírio, por uma entrega incondicional a um nome de um judeu que vivera ali na Palestina, indo contra o mais razoável que seria o reconhecimento da dependência do imperador...
Mesmo que isso tenha sido um processo que levara mais de 10 anos, relativizando um pouco, em contraponto não temos o bombardeio de informações e os meios de comunicação de hoje...
Acho que essa questão da "ponte cultural" ainda é um bode na sala dos estudos. E vejo no fato de termos poucas coisas sobre o movimento cristão samaritano e helênico, muita gente reduzindo o foco apenas aos problemas com os ofícios do Templo (que ainda acho insuficiente, embora importante).
Rodrigo,
Bom, Paulo diz o que ele passou por causa do evangelho (naufrágios, açoites, prisões...). Tiago foi decapitado. Pedro e João foram presos varias vezes. Estevão foi apedrejado. Tiago, irmão do Senhor, foi também apedrejado. Então, diante de tais exemplos, muitos devem ter tido sua coragem redobrada.
No entanto, nessa época, pré-Nero, a coisa até que ia "devagar". Ser cristão era arriscado, mas como o movimento ainda não se diferencia claramente do judaísmo, e o judaismo tinha uma certa proteção legal, os magistrados romanos tendiam a ver as tensões entre o cristianismo e o judaísmo como questão interna. Podemos ver que em Atos, existem problemas, mas Paulo consegue o apoio ou pelo menos proteção dos romanoos varias vezes.
E mesmo entre os judeus, devemos lembrar, que quando Paulo foi levado ao Sinédrio, foi ele dizer que ele era Fariseu e cria na ressureição dos mortos para conseguir a simpatia de parte do Conselho. E tem Gamaliel "aliviando a barra" de Pedro e João quando eles são presos, e alguns na Igreja de Jerusalém, que eram fariseus e haviam crido.
Mas, se a gente pensar que após a perseguição de Nero, os romanos já conseguiam diferenciar judeus e cristãos gentios, e fariam perseguições períodicas, e colocariam os cristão num status legal miseravel, deles levarem a vida tranquilamente e de repente, por uma denúncia, o sujeito ser preso, torturado e possivelmente morto, e que nem assim a igreja diminuia, antes crescia como capim; então a gente pode entender como os antecessores deles, que conheceram Paulo, Pedro e João, se viravam. Se quem não viu creu, quem viu então...
Hi:
My name is jack hazut my website is www.israelimage.net you have been using my photo without my permission please contact me jackhazut@yahoo.com
Olá Rodrigo, encontrei seu texto depois de muito tempo, e achei interessante a forma como você colocou as ideias. Mas devo dizer que o arqueólogo Israel Knohl não é muito bem visto nos meios acadêmicos por ser um pouco sensacionalista na forma como coloca as informações. Observei que você usou como base muitas partes do livro dele. Mas, para que possamos caminhar e aumentar o campo de conhecimento, sugiro, se é que já não tenha lido, um artigo do Especialista em Manuscritos do Mar Morto Florentino García Martínez, o artigo se chama Qumran e o Novo Testamento: Mitos e realidades. García Martínez participou da tradução da uma parte dos manuscritos do mar morto assim como fez parte da equipe na época. Vale a pena a leitura. Abraços.
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