(tradução) vies no argumento do historiador somente pode ser contido ao ser confrontar com outros historiadores familiares com o material, mas que o abordam de uma outra perspectiva. Por isso é que o consenso entre historiadores é tão importante. Não porque tenha garantia de certeza, mas porque ajuda a eliminar a viés individual na discussão histórica"
Os evangelhos sinóticos epresentam Jesus e seus díscipulos como pregadores itinerantes, que anunciavam o Reino de Deus, e realizam feitos que eram considerados por seus contemporâneos como milagres, notadamente curas e exorcismos, basicamente nas regiões rurais e no interior da Galiléia, governada por Herodes Antipas. Relatam também a visita de Jesus a Jerusalém, em que ele foi acusado pelos "principais sacerdotes" de se proclamar o Messias e o Rei dos Judeus, sendo crucificado por Pôncio Pilatos. Por fim, eles apresentam sua crença de que Jesus era o Messias pois Deus o ressuscitou dos mortos. O Evangelho de João relata outras visitas de Jesus a Jerusalém, por ocasião dos grandes festivais religiosos judaicos, e grande parte da narrativa é focada nessas ocasiões, mas João concorda com os sinóticos em uma base na Galiléia na atividade de Jesus e na narrativa de crucificação e ressureição.
a) L Michael White
L. Michael White, é Professor de História Classica e Religião, e Ronald Nelson Smith Chair in Christian Origins, da Universidade do Texas (Austin). Em seu livro "Scripting Jesus", apresenta as datas geralmente aceitas para a composição dos evangelhos.
Ou seja, embora haja profundas divergências entre os estudiosos sobre quando, onde, para quem, e com que intenção os evangelhos foram escritos, é (quase) consensual que surgiram entre a I e II Guerra Judaica (entre 66 a 132 DC), mas provavelmente entre 70 a 110 DC, em grego . A maioria esmagadora dos estudiosos acredita que Marcos foi escrito primeiro, que Lucas e Mateus o utilizaram, e que por fim foi escrito o evangelho de João. [4] A posição majoritária é que Lucas e Mateus usaram uma fonte comum formada basicamente de ditos de Jesus, chamada Q (ou Quelle, "fonte" em alemão). João, também segundo a maioria dos estudiosos, constituiria uma fonte independente sobre Jesus. Assim, Marcos, Q, as fontes especificas de Mateus (M), e Lucas (L), o evangelho João, as narrativas de nascimento de Jesus, Paulo, além do evangelho de Tomé (principalmente para os estudiosos ligados ao Jesus Seminar) são assim fontes potenciais para o Jesus Histórico, representando cada um visões diferentes existentes no seio do cristianismo primitivo [4]
Professor White descreve as implicações desse fato. O que significa esse deslocamento temporal (e geográfico) de quarenta a setenta anos entre a morte de Jesus e o relato de sua vida? Teriam os autores evangélicos condição e disposição de buscar tradições orais ou escritas sobre Jesus, ou eles simplesmente inventaram sua narrativa? A resposta é que uma parte significativa é proveniente de uma "tradição oral vibrant esobre Jesus que começou a circular cerca de uma década após sua morte", que entre os estudiosos "ninguem hoje acredita que os evenagelhos foram simplesmente inventados.
"The gap between the death of Jesus and the composition of the Gospels means either that the Gospels were made up out of whole cloth or that they were based on older tradition and stories that had circulated only in oral form until they began to be written down many years later. Frankly, no one today would argue that they were merely made up. Various factors support the view that a vibrant oral tradition about Jesus had already begun to circulate within a decade or so after his death [5]. (tradução) O lapso de tempo entre a morte de Jesus e a composição dos Evangelhos, implica ou que os textos foram completamente inventados ou que foram baseadas em tradições e estórias mais antigas que circulavam oralmente, até que começaram a ser escritas muitos anos mais tarde. Francamente, ninguém hoje em dia acredita que os evangelhos foram simplesmente inventados. Vários fatores suportam a posição de que uma tradição oral vibrante sobre Jesus já tinha começado a circular dentro de uma década ou mais depois de sua morte [5]
Ainda segundo o Professor White a existência dessas tradições orais, e, possivelmente, textos escritos (como Q), implicou que a preservação das memórias sobre Jesus. No entanto, a natureza fluida dessas tradições implicaria, segundo White, que foram moldadas e remodeladas pelos evangelistas para atender as necessidades específicas de evangelização, instrução, edificação, e defesa da Fé, de suas comunidades. As comunidades para qual foram endereçadas eram, provavelmente, urbanas, em cidades como Efeso, Antioquia, Corinto, Roma.
It is also possible that there were earlier written sources that are now lost. Though not likely whole "Gospels" as we think of them, they too represent stages in the development of the oral tradition from which the later Gospel writers could draw. Yet the nature and extent of this oral tradition (to be discussed in greater detail in Act 11 below) ensured preservation of early memories, but within fluid and malleable modes of transmission. The writers of the Gospels who used these oral traditions were also capable of combining and reshaping them to fit their own needs, or more precisely the own perceptions regarding what their audiences needed in order to believe in Jesus. They were promoting their faith by telling and retelling the story of Jesus in new and varied situation.(tradução) Também é possível que tenham existido fontes escritas anteriormente que tenham se perdido. Embora não seja provável que não fossem "Evangelhos" completos, tais como nós temos hoje, eles também representam estágios no desenvolvimento da tradição oral a partir do qual aqueles que posteriormente escreveram os Evangelho poderiam ter utilizado. Ainda que a natureza e a extensão dessa tradição oral (a ser discutido em maior detalhe no Ato 11 abaixo) tenham garantido a preservação das memórias primitivas, isso ocorreu a partir de modos de transmissão fluidos e maleáveis. Os escritores dos Evangelhos que usaram essas tradições orais também eram capazes de combinar e remodelando-os para atender suas próprias necessidades, ou mais precisamente suas próprias percepções sobre o que era mais necessário a suas audiências, a fim de crer em Jesus. Eles estavam promovendo a sua fé contando e recontando a história de Jesus em situações novas e variadas. [5]
Assim, o conjunto de memórias associados a Jesus foi interagindo com as necessidades específicas das comunidades cristãs sendo eventualmente postas em forma escrita, até o desenvolvimento das narrativas sistemáticas que temos hoje nos evangelhos a partir desse "núcleo" de reminiscências do Jesus Histórico e seu Ministério. O debate então se dá, quase sempre, não sobre a existência dese núcleo histórico, mas sua extensão e na forma como foi moldado até chegar nos textos atuais.
b) Fergus Millar
Por sua vez, "Sir" Fergus Milar, Camden Professor of Ancient History, Emérito, da Universidade de Oxford, enfatiza os escritos de Josefo, de um lado, e os evangelhos, de outro, como representando a memória de um mundo, "que o vento (ou melhor, a guerra) levou; o do Segundo Templo do Judaísmo. O Professor Millar observa que Josefo é o ponto de partida para entender e analisar os evangelhos, e ele mesmo, embora escrevendo em Roma anos depois da destruição daquele mundo pela Grande Guerra Judaica de 66-73 DC, traz sua experiência do mundo do Templo, das familias sacerdotais, do governo e das grandes articulações políticas. Mas existe ainda um outro mundo das experiências das vilas e comunidades da Galiléia, e da vida dos judeus mais simples e humildes.
"But of course the most profound testimony to the role of Biblical History in the shoping of popular consciousness is provided by the gospels". For although we cannot state when, where, by who or for whom any of them was written , it is remain beyond question that they emerged out of the same world, the jewish life of Galilee, judean Jerusalem itself, as do the works of Josephus. Indeed those works of Josephus, written far way in Rome between the 70s and the 90s, provide the essential starting point for all discussion of the Gospels. For They are rooted in Josephus experience of a world which had by then disapeared: That of the self government jewish community of Jerusalem, the Temple and the High Priests, the high-priestly families, "the sanhedrim" and the great crowds coming for the major festivals. But there was also another world which was still there, but from which he was now cut off: that of the villages and small towns of the jewish region Gallilee and its neighboring tenets above all" [6]
(tradução) Mas é claro que o testemunho mais profundo para o papel da História Bíblica na formação da consciência popular nos é dado pelos evangelhos ". Pois, embora não se pode afirmar quando, onde, por quem ou para quem qualquer um deles foi escrito, permanece fora questão que surgiram a partir do mesmo mundo, a vida judaica da Galileia, da Judeia própriamente dita e de Jerusalém, assim como as obras de Josefo. Na verdade as obras de Josefo, escritas na distante em Roma entre os anos 70 e década de 90, fornecem o ponto de partida essencial para toda a discussão dos Evangelhos. Pois esta enraizada na experiência de Josefo de um mundo que tinha desaparecido: de uma comunidade judaica que se governava, de Jerusalém, do Templo, e dos sumos sacerdotes, das proeminentes famílias sacerdotais, "do Sinédrio", das grandes multidões que atendiam os principais festivais. Mas havia também um outro mundo que ainda estava lá, mas do qual ele estava agora separado: o das aldeias e pequenas cidades da Galileia e adjacências, acima de tudo " [6]
Os escritos de Josefo (principalmente) - bem como Filo (em menor grau), os manuscritos do Mar Morto, os varios autores que viviam no Mediterrâneo no período, e os dados arqueológicos - nos permitem comparar as narrativa da origem do cristianismo e de seu fundador com a paisagem, a moldura, o background, em que eles emergiram. Isso nos permite fazer juizos quanto a plausibilidade, verossimilhança, e tentar formular hipóteses capazes de fornecer a melhor explicação para a evidência disponível. Por exemplo, se os evangelhos colocam Jesus no ambiente rural e judaico da Galiléia dos anos 20 e 30 DC, e sabemos que eles foram escritos para populações helenizadas, vivendo em cidades como Éfeso ou Antioquia do final do século I e/ou início do II DC, os elementos da narrativa fazem sentido a luz do que sabemos do contexto? Até que ponto a missão de Jesus, conforme as fontes, é coerente com o que sabemos sobre a Galileia dos anos 30 DC, e seus adoráveis profetas, milagreiros e revolucionários (ou ao contrário, Jesus aparece perdido e deslocado do contexto)?The world which the gospels reflect is precisely the same as that which Josephus experienced, but as it was in the decade before his birth, when Galille was still part of the Tetrarchy of Herod Antipas. The fact that they do genuinely reflect this world with its social division and religion disputes, as it was in the 20s and 30 s, does not mean that they were written either there or then. But They remain authoritative testimony to the concerns and historical consciouness of Jewish Society, in Galilee and Jerusalem above all, before the fall of the Temple. The gospels provide an extremely vivid, and , in geographical terms quite extensive views of what the area of Jewish Setlement was in Jesus time."
(tradução) O mundo que os evangelhos refletem é precisamente o mesmo que Josefo experientou, só que na década anterior ao seu nascimento, quando a Galiléia ainda era parte da tetrarquia de Herodes Antipas. O fato de que eles indubitavelmente refletem este mundo com as suas divisões social e disputas religiosas, como era nos anos 20 e 30, não significa que elae foram escritas nem lá, ou naquela época. Mas eles constituem um testemunho autoritativo das preocupações e consciência histórica da sociedade judaica, na Galiléia e em Jerusalém, acima de tudo, antes da queda do Templo. Os evangelhos fornecem um relato extremamente vívido e, em termos geográficos, bastante extenso do que eram os assentamentos judaicos na época de Jesus. " [6]
Ou seja, o ponto que Millar enfatiza é que os evangelhos, embora escritos para uma outra audiência, em outra lingua, décadas depois, realmente refletem realidades e memórias históricas de um "mundo" galileu e rural dos anos 20 e 30 DC. Nesse aspecto eles são complementares a Josefo como fonte para a vida judaica do século I DC. No entanto, uma vez que foram capazes de preservar uma genuina mémoria histórica, a tal ponto de permitir a "montagem" do cenário, quais são as implicações disso para o seu protagonista?
c) Gerd Theissen
Gerd Theissen , professor de teologia do novo testamento da Universidade de Heidelberg (Alemanha), em livro em co-autoria com a Professora de cultura e literatura do cristianismo primitivo da Universidade de Utrecht (Holanda) Annete Merz, nos oferece um exemplo, entre vários de possíveis, de memória histórica incidental contida nos evangelhos.
"(...) tradições individuais (e complexos de tradição) contêm tanto "colorido local" e tantos "indícios de familiaridade" que devem ter surgido na Palestina.
Mt 11:7-9 o "caniço agitado ao vento" citado no dito é, provavelmente, uma referência irônica as moedas de Herodes Antipas, nos quais era desenhado um "caniço" e que circulavaram apenas em seu reinado "[7]
No texto indicado por Theissen, com versões paralelas em Lucas 7:24-25 e no evangelho de Tomé 78, era parte, provavelmente, da fonte de ditos comum utilizada por Lucas e Mateus chamada Q. Jesus após ser questionado por emissários de João Batista, que estava na prisão, se ele era aquele que havia de vir, diz o seguinte a respeito de João:
"Que saístes a ver no deserto? um caniço agitado pelo vento? Mas que saístes a ver? um homem trajado de vestes luxuosas? Eis que aqueles que trajam vestes luxuosas estão nas casas dos reis". Mas, então que fostes ver? um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta;
Mas qual a significância de um dito tão enigmático? Theissen sustenta a sua posição a partir da confluência de evidência numismática, geográfica, literária e contextual, que sumarizamos abaixo
A evidência numismática: No I século, os reis herodianos e governadores romanos na Judéia evitavam a prática usual no mundo antigo de colocarem rostos humanos, deuses ou semi-deuses nas moedas cunhadas, para evitar ferir sensibilidades do povo judeu quanto ao 1° e 2° mandamento. Herodes Antipas, que governou a Galiléia e Peréia por 43 anos cunhou moedas com a imagem de um caniço, que circularam a partir do 23° ano de seu reinado (20 DC) [8]. Theissen, com base no trabalho do arqueólogo Yaakov Meshorer , da Universidade Hebraica, observa que essas moedas, de cobre, foram encontradas em pequeno número e sempre na região norte e nordeste de Israel, na mesma Galiléia e Pereia, em que Antipas reinava[8]. O uso de caniços como simbolo nas moedas judaicas foi, até onde se sabe, uma inovação de Antipas, sendo que outras três séries com a mesma figura foram cunhadas nos anos 33, 34 e 37 de seu reinado (ou 29, 30 e 33 DC) [8][9]. Posteriormente, no ano 39 DC, em sua última série, Antipas substituiu os caniços por palmeiras em suas moedas. No mesmo ano, o Imperador Galigula depôs Antipas, e seu território foi incorporado ao novo reino de seu sobrinho Herodes Agripa I, que após sua morte (44 Dc), foi extinto, sendo a Palestina transformada em provincia romana; Logo, as moedas com a figura do caniço, não existentes na Palestina, foram emitidas por Antipas entre 20 a 33 DC, e substituidas posteriormente, não sendo utilizadas novamente por outros governates. Adicionalmente, a evidência geográfica: Caniços e deserto, a princípio, não combinam. Os primeiros indicam fartura de água e fertilidade, o que é aparentemente incompatível com a desolação dos desertos. Mas o Vale Sul do Jordão, apresenta uma peculiaridade interessante pois oferece as duas coisas; um deserto com um oásis no meio, nas margens do rio Jordão, viabilizando o crescimento dessas plantas, (que podiam chegar a 5 metros de altura) também comum na Galiléia. A utilizar o caniço como seu emblema, Antipas passa uma mensagem a seu povo de união, mesmo com seus domínios separados pelo Rio Jordão e as cidades gregas da Decapolis, um simbolo nativo de seus teritórios, e que respeitava a Lei Judaica [8]; evidência histórica contextual: Antipas governou por 43 anos pela seu "jogo-de-cintura" proverbial, de balançar com o vento, conforme as circunstâncias políticas, sem nunca ser levado por ele, um "caniço". Adicionalmente, as moedas com o caniço foram cunhadas por ocasião da construção de Tiberíades, a nova capital da Tetrarquia, onde ficava o Palácio (e as vestes luxuosas, a casa dos reis) [8]. Flávio Josefo (Antiguidades Judaicas 18:36-38) nos diz que durante a construção de Tiberíades, verificou-se que as fundações da cidade estariam sobre um antigo cemitério, levando os judeus mais piedosos a se recusarem a morar lá. Antipas então levou muitos de seus suditos não judeus para viver lá, fornecendo, em alguns casos, terrenos e casas de graça (desde que as pessoas se comprometessem a permanecer na cidade) e construiu seu palácio, que imitava os palácios imperiais de Roma e da Ilha de Capri (o que deve ter aumentado a insatisfação de muitos com um governante "impio" em seu Palácio "pagão", numa cidade 'impura").
Ou seja, o dito reflete um detalhe de uma realidade histórica e geografica especifica da Galiléia e Pereia, no período em que Jesus teria exercido seu ministério (decadas de de 20 e 30 DC), não se enquadrando no contexto anos anteriores, ou dos anos posteriores, assim como é uma informação de dificil obtenção por alguém que vivia distante daquela região e daquele contexto, como os evangelistas. Assim, o mais provavel é que Mateus (e Lucas) tenha uitilizados fontes (como Q), que, em última instância, retiveram memórias históricas genuinas de eventos do período em que Jesus e João Batista exerceram seus ministérios.d) Geoffrey Ernest M. de Ste Croix
O historiador britânico Geofrey Ernerst Maurice of Ste Croix, foi Professor da Universidade de Oxford, e um dos principais expoentes de um abordagem marxista para o estudo da História Antiga. Uma de suas principais obras é o livro "The Class Struggle in the Ancient Greek World from the Archaic Age to the Arab Conquests" (1982), em que aplica conceitos como a luta de classes, modo de produção e mais-valia na tentativa de explicar a estrutura e transformações ocorridas em vários períodos da Antiguidade, como as cidades-estado gregas dos seculos V e IV AC, a República Romana, o Principado, o Dominato e a "Queda" de Roma, até a ascensão do Islam no sec VI DC, cobrindo mais de um milênio. O surgimento do cristianismo não passa desapercebido. O Professor Ste-Croix utiliza os evangelhos como fonte, e repreende seus colegas de Novo Testamento por não darem a devida atenção a um padrão interessantíssimo encontrado nos Evangelhos. Apesar deles terem sido escritos fora da Palestina, voltados para Comunidades Urbanas e Helenizadas, o mundo que é refletido nos sinóticos, por exemplo, é o de comunidades e vilas rurais obscuras, destacadas do mundo grego-romano das cidades.
[2] C. Behan McCullough (2004): The logic of history: putting postmodernism in perspective, fl. 15
Jesus, patrons, and benefactors: Roman Palestine and the Gospel of Luke, fl 187, que a proposta de Theissen foi aceita por muitos estudiosos dentre os quais Sean Freyne (2000, Galilee and the gospels, fls. 201-203), Eckhard Schanabel (2004, Early Christian Mission, Jesus and the Twelve, 1238-1239); John Reumann (2006, Archeology and Early Chistology, 660-682 e 670 a 672). Jonathan Reed (2000) é também receptivo a idéia ( Archaeology and the Galilean Jesus: a re-examination of the evidence, fl. 194).
2 comentários:
Chefe Nehemias!
Mas uma excelente contribuição. Você tem proporcionado muitas importantes como esta, para ajudar a divulgar com consistência este campo de estudo no Brasil ainda muito tratado levianamente por diversos espaços.
Tratando de múltiplos aspectos e abordagens, desta vez destrinchou a questão da rastreabilidade histórica. É algo quase análogo a muitas ferramentas para estudar o Big Bang na cosmologia, por exemplo.
Acho que é por aí que o Jimmy Dunn se envereda quando interpela os colegas a focarem na rememorização feita pelos antigos cristãos para apresentarem e firmarem Jesus entre si. O processo e o fenômeno dele ser recordado ante reapresentado, e como vinham as recordações dele.
Muito bom Nehemias, para proporcionar aproximações mais qualitativas, para além das "quantitativas" que os critérios usuais oferecem, porque afinal, estamos falando de uma pessoa e suas múltiplas dimensões e relações...
Parabéns, chapa!
A religião jamis deveria ter-se envolvido com a história. Desde sempre, a nossa cultura cristã se vale desse artifício para justificar a sua suposta origem.
“A verdade histórica é a mais ideológica de todas as verdades científicas [...]Os termos de subjetivo e de objetivo já não significam nada de preciso desde o triunfo da consciência aberta [...]. A verdade histórica não é uma verdade subjetiva, mas sim uma verdade ideológica, ligada a um conhecimento partidário”. (ARON cit. por Marrou, s/ data, p. 269)
Se a fé nunca dependeu da história, porque fazem tanta questão desta última? Por que insistem em preservar essa bruma que envolve os primeiros séculos do cristianismo? Não devia ser assim. No entanto, quando fazemos uma aproximação dos fatos com fatos e não com ideias, é possível outra conclusão.
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver
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