quarta-feira, 24 de abril de 2013

O Tenente John Pritchard, o Soldado Christopher Elphick, e a visão do Profeta Isaías

Pais em luto: escultura de Kathe Kollwitz, em memória de seu filho Peter,
morto em 1914, em Vladslo, Bélgica ( via wikipedia)
Hoje, li no G1, e no Daily Mail, a notícia que dois combatentes ingleses, desaparecidos desde a I
Guerra Mundial, foram enterrados com honras militares no Cemitério de  Ecoust St Mein, perto de Arras, no norte da França. O reconhecimento do Tenente John Harold Pritchard e do Soldado Christopher Douglas Elphick foi possível graças a descoberta do fazendeiro Didier Guerle de um bracelete e um anel pertencentes ao oficial e ao soldado, em 2009. Localizadas as famílias, foi realizado o enterro. Pritchard morreu com 31 anos. Elphick tinha 28, quando sua unidade enfrentou as tropas alemãs perto da cidade de Bullecourt, em 1917.

O mais tocante, para mim, é a foto do Daily Mail de um cartão de natal enviado pelo soldado Elphick em 1916 para sua família. Ele escreveu" (...) que o ano que se aproxima nos reuna a todos, mais uma vez". Lamentavelmente, 1917 trouxe aquela esposa e filho recém nascido a morte de seu marido e pai. Além disso, ao procurar uma foto para esse post, encontrei essa escultura de Kathe Kollwitz, mãe que perdeu seu filho Peter naquela guerra, em 1914. Peter Kollwitz, Chistopher Elphick e john Pritchard seriam, entretanto, apenas alguns das dezenas de milhões de franceses, ingleses, alemães, russos, canadenses, americanos, australianos, italianos, austríacos, japoneses, e de várias outras nacionalidades (muitos brasileiros inclusive), a maioria jovens, que morreriam naquela e na II Guerra Mundial que se seguiu (com seu legado de campos de concentração e extermínio, bombas atômicas e massacres e atrocidades de todo o tipo). Podemos lembrar de Fernando Pessoa "(...) quantas mães choraram, quantos filhos em vão rezaram, quantas noivas ficaram por casar (...)", mas de forma alguma podemos dizer que valeu a pena, pois ao contrário das navegações portugueses, a dor de tantos não encontra tal consolo.

Talvez, possa ter valido a pena o fato de que tais tragédias tenham levado países como França, Alemanha, Inglaterra e Itália a abdicar da guerra entre si. Seus horreres tenham refreado EUA e União Sovietica de se confrontar. Embora guerras continuem acontecendo em várias partes do mundo, nunca mais tivemos algo como as guerras mundais, e inimigos históricos, hereditários, como França e Alemanha, parecem reconciliados.  Como em um vislumbre temos, em parte, a visão do profeta Isaías:
"Ele julgará entre as nações e resolverá contendas de muitos povos. Eles farão de suas espadas arados, e de suas lanças foices. Uma nação não mais pegará em aramas para atacar outra nação, elas jamais tornarão a preparar-se para a guerra (Isaias 2:4).
AMÉM.

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